Astrócitos
Tamanho: São as maiores celulas gliais
Formato: estrelado
Funções:
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Recolher e reciclar neurotransmissores
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Funciona como uma barreira que impede que sinais elétricos de um neurônio interfira nas funções de neurônios vizinhos
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Fornece nutrientes aos neurônios
Curiosidade: Muitos tumores cerebrias são formados por astrócitos, pois essas células são capazes de se proliferar com relativa facilidade
Podem ser classificados como:
Protoplasmáticos (também chamados de células satélite)
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Presentes na matéria cinzenta, proximos aos neurônios
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Possuem muitas ramificações, os pés vasclares, que:
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Se conectam com neurônios
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Formam uma membrana na pia matter (membrana limitante glial)
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Formam uma membrana limitante nos vasos sanguíneos (membrana limitante glial perivascular). Dessa forma, os astrócitos são capazes de fornecer nutrientes aos neurônios.
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Fibroso
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Presentes na materia branca
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Não se ramificam muito
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Responsáveis por reparar tecidos, o que pode resultar em uma cicatriz
Célula Müller
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Presentes na retina
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Dão suporte aos neurônios da retina
Funções dos Astrócitos
1. Regula a concentração de K+
Os astrócitos possuem uma condutividade de potácio muito alta quando estão em repouso. À medida que a atividade dos neurônios faz com que a quantidade de K+ no ambiente extracelular aumente, os astrócitos recolhem esse íon e o distribuem à outros astrócitos atravéz de junções gap (serão explicadas em outras seções). Depois disso, o potácio é levado até espaços perivasculares.
2. Regula a concentração de glutamato
Quando o glutamato é liberado na fenda sinaptica, ele é recolhido por astrócitos para que não se acumule.
3. Modular função neuronal
Antigamente, os astrócitos eram considerados células não excitáveis. Alguns estudos recentes, porém, descomprovam essa teoria. Os astrócitos possuem receptores para muitos neurotransmissores (como glutamato, acetilcolina, adenosina, ATP, GABA, histamina, noradrenalina) e, além disso, podem liberar neurotransmissores (como glutamato e ATP). A ativação dos receptores faz com que haja a oscilação na quantidade de cálcio dentro do astrócito, o que gera a liberação de neurotrasmissores. Além disso, há a acumulação de ácido araquidônico dentro do astrócito. Veja uma descrição mais detalhada desse processo.
4. Microcirculação
Os astrócitos se cominicam com os vasos sanguíneos a partir dos pés vasculares, como dito anteriormente. A oscilação de K+ faz com que substâncias sejam liberadas nas artérias, como, por exemplo:
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Prostaglandina E2 - Resulta na dilatação da artéria
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20-HETE - Resulta na constrição da artéria
5. Nutrição dos neurônios
Os astrócitos pegam nutrientes, como glicose, e os fornecem aos neurônios. Para isso, a glicose é primeiramente transformada em lactato pelo astrócito e parte dessa substância é armazenada na célula glial. O restante é liberado no fluído extracelular e recolhido pelos neurônios atravéz da proteína transportadora MCT2